Polícia Civil vai investigar se acidente que matou jovem em avenida de Lages, na Serra de SC, foi resultado de racha

A Polícia Civil de Lages, na Serra Catarinense, abriu investigação para apurar se o acidente de trânsito que causou a morte de um jovem de 18 anos na noite desta segunda-feira em uma das principais avenidas da cidade foi resultado de um racha. E se a suspeita for confirmada, os envolvidos na corrida serão responsabilizados criminalmente. 

O acidente aconteceu por volta das 21h30min na Avenida Santa Catarina, no Acesso Sul da cidade. A colisão envolveu uma Titan, conduzida por Lucas Vieira, de 18 anos,  e um Vectra.

A suspeita é de que Lucas estivesse participando de um racha, uma vez que a região conhecida como Curva da Morte, onde ocorreu o acidente, é palco de constantes corridas ilegais de veículos. 

Pouco antes, a Polícia Militar recebeu uma denúncia de racha na Avenida Santa Catarina e, ao chegar ao local, os policiais já se depararam com o acidente. O corpo de Lucas foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML), e o motorista do Vectra, de 24 anos, foi encaminhado ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. 

O delegado Márcio Schütz, responsável pelo caso, instaurou inquérito já na manhã desta terça-feira. Ele tomará o depoimento do motorista do Vectra e de eventuais testemunhas para apurar a suspeita de racha, uma vez que há a informação de que o Vectra disputava corrida com um Gol e Lucas corria contra outra moto. 

Se confirmado o racha, os envolvidos serão indiciados por competição automobilística ilegal (artigo 308 do Código de Trânsito Brasileiro, com pena de seis meses a dois anos de detenção, multa e suspensão ou proibição do direito de dirigir) e homicídio culposo na direção de veículo automotor (artigo 302 do CTB, com pena de dois a quatro anos de detenção). 

O delegado Márcio Schütz também vai apurar quem entregou a moto a Lucas, uma vez que ele não era habilitado a dirigir. Neste caso, o responsável será indiciado com base no artigo 310 do CTB, com pena de seis meses a um ano de detenção.

Fonte - Pablo Gomes DC