Javalis: Depois de perder 70% da produção de milho em 2010, produtores buscam alternativas
A Polícia Militar do Estado reuniu na manhã de quarta-feira (24), autoridades, órgãos reguladores, caçadores, prefeitos
municipais e produtores para debater sobre as alternativas de combate ao
javali. O órgão entende que somente a caça já não tem mais conseguido conter a
proliferação da espécie e que uma alternativa ambientalmente correta seria a
implantação de armadilhas nas propriedades rurais atingidas pela praga.
O produtor e advogado Geraldo Vieira, já utiliza o método em
sua propriedade há quatro anos. Na propriedade estão implantadas 32 gaiolas
(armadilhas de ferro), as quais já capturaram em uma noite 17 javalis. “O
controle do javali é um problema mundial. Não podemos ficar esperando que o
estado faça algo, sendo que nós produtores estamos sendo diretamente
prejudicados”, explica Geraldo.
Depois de perder 70% da produção de milho em 2010, o
produtor buscou alternativas para eliminar a espécie dentro da fazenda. As
armadilhas utilizadas são confeccionadas pelos próprios funcionários de
Geraldo, e custam em média R$ 490,00. A cada ano o equipamento é melhorado para
tornar mais moderno, eficaz e de fácil manuseio. “Aliei a caça as armadilhas”,
explica. Em janeiro e fevereiro deste ano foram capturados na fazenda do
produtor 19 javalis. Ele explica que o problema agora é controlar o animal que
vem da fazenda vizinha, já que lá não é feito o controle.
A Polícia Militar Ambiental frisa que além do abate, essa é
uma prática legal e que pode contribuir para tentar controlar a espécie na
região. O órgão deve agora buscar parcerias com instituições privadas
para tentar aumentar o número de armadilhas nas localidades mais atingidas. “É
uma método eficaz e seguro. Não traz risco ao produtor e nos permite exterminar
de fato somente a espécie javali”, explica o major Adair Pimentel, comandante
da 4ª Cia de Polícia Militar Ambiental.
Flavia Mota
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