Parque Jonas Ramos: Lages entra na febre do Pokémon Go
Lages foi invadida por Pokémons. Febre mundial, o joguinho
que une série nostálgica e nova tecnologia para smartphones mal chegou no
Brasil e já ganhou milhares de adeptos na cidade. Na onda do Pokémon Go -
aplicativo que permite capturar personagens no mundo real através da câmera do
celular -, os jogadores não medem esforços para garantir a caçada.
Para ter ideia do nível de interação com o jogo, teve gente que percorreu mais
de 11 quilômetros, a pé, e quem passou quase a noite toda perambulando pela casa
à procura dos “monstrinhos”. Nesse sábado (6) e domingo (7), a biblioteca municipal e da quadra esportiva do Parque Jonas Ramos (Tanque) estavam tomados por Pokémons e caçadores.
A estudante Eduarda Canelada, 13 anos, não sabia se
conversava com a reportagem ou caçava os bichinhos. “Tem um aqui!”, gritou,
apontando para a entrada da biblioteca. Sem desgrudar os olhos do celular, ela
contou que baixou o aplicativo a pouco tempo e fez seu pai levá-la até os lugares
em que o GPS do aparelho indicava a presença de Pokémons.
“Fui ao mercado para caçar e na avenida Dom Pedro II”, detalhou Eduarda, que,
até o final da manhã de sábado (6), havia capturado 28 Pokémons. Um dos
motivos do sucesso do jogo é a realidade aumentada, tecnologia que em casos
avançados permite exibir hologramas e imagens 3D no campo de visão do usuário,
misturando o real e o virtual. No caso de Pokémon Go, a aplicação é mais
simples: ver o mundo por meio da tela e sair em busca de criaturas como Pikachu
para treiná-las.
O afinco para atingir o ideal é tanto que Luísa Guerra, 13 anos, fez jus ao sobrenome e entrou de cabeça na batalha virtual. “Fui para escola jogando no carro. Foi muito rápido e precisei me esforçar para conseguir caçá-los”, contou, ressaltando que seus pais pediram prudência durante a brincadeira, para evitar acidentes.
Diretor ‘ilhado’ e universidade visitada
As poucas horas do jogo em Lages já renderam histórias pra lá de curiosas. O diretor de um colégio de Lages ficou “ilhado” em sua sala porque as crianças cercaram o local. O motivo: lá, havia duas espécies de Pokémons. Uma universidade também estranhou a movimentação atípica nessa sexta-feira (5). Quando os funcionários questionaram os pedestres que entravam e saiam, descobriram que havia uma Academia Pokémon dentro do câmpus. Não tem como. O jeito é viver lado a lado dos “monstrinhos” e seus “caçadores”.
Comentários
Falta de ter o que fazer.